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O Pimentinha
João Pedro
O que faço da vida: Acima de tudo, faço minha família feliz. Papai e mamãe sempre dizem isso. E essa é minha missão aqui no mundo: fazer as pessoas felizes. Tenho uma habilidade inacreditável em aprontar as mais mirabolantes travessuras, mas ainda não tenho noção do que apronto. Só sei que todos que estão ao meu lado, acabam se divertindo muito e vivendo momentos de muita alegria e pura diversão. A Mamãe
Mamãe: Luciana O Papai
Papai: Rodrigo Nossos Amigos
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segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Tudo por um mundo melhor
Pegando carona nos posts da Lú Brasil e Pri Das Fadas, também vou deixar registrada minha opinião sobre a educação que sonho em dar pro meu filho. E quero deixar claro que me identifiquei muito com a maneira dessas duas grandes mães e amigas educarem seus filhos meninos. Não sou adepta daquela rígida educação que meus pais receberam: muitas ordens, pouco diálogo, pouco contato e até alguns tapas. Graças a Deus eles não decidiram usar essas maneiras pra educar seus três filhos. Acredito muito que o pensamento da criança é moldado pela experiência. Para vivenciar amor, a criança precisa receber abraços e beijos, ouvir palavras de carinho, ver atos de bondade. Assim ela poderá crescer plantando e colhendo o bem. Desde que eu estava grávida aprendi a ser mais paciente. Imagine eu uma típica ariana, sempre tão agitada, ter de esperar 9 meses pra ver seu filho nascer. Mas foi realmente depois que o João Pedro nasceu que descobri a "quase infinita" paciência que tenho. Confesso que às vezes o coloco de castigo, falo mais alto, falo mais sério. Mas todos sabem que é preciso. Eles testam nossos limites, e eu li uma vez que eles se sentem mais amados e seguros num ambiente no qual existem regras e os pais são atentos a sua educação. Perdi as contas de quantas vezes eu precisei contar até mil, que tive de ir até o outro cômodo da casa pra espairecer minhas idéias e não perder a paciência com o Pimentinha de uma maneira não tão adequada. Às vezes nem me reconheço e nem sei de onde tiro forças pra conseguir lidar com a situação. Mas podem acreditar, tem valido a pena nossas conversas. E ainda bem que eu e o Rô, pensamos da mesma maneira e queremos mesmo que nosso menino se torne um homem do bem, sendo criado num ambiente harmonioso, com pais amigos e tolerantes. É bem mais cansativo, eu sei, mas ninguém me disse que educar um filho seria fácil? Não digo que nunca vou dar um tapinha, se um dia for preciso, talvez eu o faça. Prefiro tentar educar tendo sempre uma boa conversa. A gente sempre incentivou o João Pedro a ser carinhoso. E ele sempre ganhou muito, muito carinho. Tem gente que pensa que por ter filho homem, se criar com muito carinho, a criança vai ser "frutinha", não vai aprender a se defender nas brigas quando crescer. Desejo que ele nem se envolva em brigas, mas como um dia isso fugirá do nosso controle, desejo que ele aprenda a se virar e se defender da melhor maneira. Nosso lema em casa é criá-lo com muito carinho. E hoje já estamos colhendo bons frutos disso tudo. Ele é super carinhoso com todos, adora "cuidar" das pessoas. Beija tanto os priminhos, e eles o adoram. O Otto arregala os olhos e dá altas gargalhadas quando vê o priminho Pimentinha. E a Ana Julia vibra e esbanja lindos sorrisos quando vê o priminho chegar. Depois que nos mudamos pra esse condomínio notei muitas melhoras no comportamento dele. É que agora ele convive e brinca com muitas crianças. Tem crianças de todas as idades por lá. E ele já tem seu amiguinho e amiguinha preferidos: o Tom e a Paulinha. Ambos até já foram em casa brincar. Ele está bem menos egoísta, às vezes tem uns chiliques e até tenta empurrar e jogar areia nos amiguinhos, mas aí entro na brincadeira e explico que isso não é certo. E o motivo dos chiliques é sempre o mesmo: a disputa pelos brinquedos. Estamos tentando ensinar o que significa emprestar. Penso que na cabecinha dele o coleguinha vai pegar seu brinquedo e levar pra casa, não devolver mais. Tem brinquedos que ele nem se importa tanto, inclusive já deu vários brinquedos pros priminhos e amiguinhos, mas não ousem pegar os super-heróis sem avisar, é choro na certa. Mas com calma ele vai entender que o brinquedo que empresta vai e volta. Tem dias que está mais manhoso e não quer emprestar, daí a gente desconversa e as coisas se resolvem. Nesses dias ele queria o Batmam grandão do Gabriel e o Gabriel queria a bóia de piscina dele. Depois de uma boa conversa, eles trocaram seus brinquedos e ali nasceu uma nova amizade. Mas nem sempre as crianças têm pais que estimulem tudo isso. Como por exemplo, nesses dias estávamos no playground, várias crianças brincando na areia, dividindo os brinquedos, e uma menininha foi lá, pegou o Sr. Incrível do Pimentinha e jogou longe. A mãe dela foi lá e deu uma tapa nela na frente de todos e o pai ainda disse que ia por de castigo quando chegasse em casa. Vocês acham que era preciso tudo isso por um boneco de plástico? O Pimentinha arremessava todos os seus brinquedos do 15º andar, e a gente nunca bateu, falava, explicava, conversava, até que ele aprendeu que fazer isso pode ser muito perigoso, já que jogou a Rose, irmãzinha do Caillou, e ela ficou lá destruída, uma parte do corpo pra cada lado, nem teve conserto. Agora ele tem noção do que fazia. Pelo menos espero que sim. A gente tenta educar assim, é bem mais cansativo, mas também é bem mais gratificante. É claro que procuramos ajudas em livros, artigos e boas matérias. Também procuramos ajuda nos filmes prediletos do menino. Pra quem não conhece, indico os desenhos do Caillou. Além do menininho ser encantador, ele ensina muitas boas maneiras e vive num ambiente familiar e acolhedor. Há duas semanas, na sala da dentista, o Pimentinha não queria abrir a boca, então lembrei de um episódio e falei pra ele abrir a boca de jacaré igual ao Caillou. E funcionou. Outro dia ele não queria emprestar seus brinquedos, e daí lembramos de um episódio em que o Leo era chamado pelos amiguinhos de "o menino egoísta que não divide seus brinquedos". E dessa vez também funcionou. E em casa também já vemos bons resultados disso tudo. Na quinta-feira não fui trabalhar, estava com uma terrível dor de garganta. E adivinhem quem ficou todo orgulhoso cuidando de mim??? O meu Pimentinha. Até aprendeu a verificar se a mamãe estava com febre. O pai ligou várias vezes e ele atendia o telefone, e falava que estava "cudando" da mamãe. Existe melhor recompensa do que essa? É por essas e outras razões que prefiro testar todos os limites de minha paciência, que faço todo o esforço pra ficar mais tempo com meu filho, que mesmo estando exausta após um dia de trabalho reservo um tempinho diariamente pra ensinar, explicar e entender o mundinho do meu filho. Ser criança não é tão fácil assim, eles precisam crescer num ambiente seguro, harmonioso, com pais e pessoas preocupadas e interessadas. De nada adianta pagar a melhor escola, dar o melhor brinquedo se você não faz muita questão de conhecer o mundo que o envolve. E tudo que envolve meu filho me interessa, afinal de contas, ele é a parte mais interessante da minha vida. E vamos continuar assim, dando carinho, ensinando com amor, se interessando pelas coisas que ele curte. Eu quero que meu filho cresça feliz, saudável, semeiando o bem por aí... Desejo que muitos pais também se esforcem para criar bons homens e assim juntos quem sabe, possamos construir um mundo melhor. Estamos tentando fazer nossa parte, e você? E aí, vamos nessa com a gente? |