Registrando!


O objetivo deste blog é registrar as doces e apimentadas aventuras de um garoto pimentinha e sua família, para que um dia mais tarde possamos recordar estes lindos momentos que vivemos juntos. Além disso, o blog foi criado com muito amor e carinho, para que a família e os amigos que estão longe, possam acompanhar as peraltices e descobertas do garoto pimentinha, que vão adocicar a vida de quem passar por aqui... seja quem está longe, quem está perto, ou quem está muito perto... O importante é que as pessoas especiais sempre terão uma moradia reservada em nossos corações. Sejam bem-vindos e curtam à vontade!!!

O Pimentinha


João Pedro
O que faço da vida: Acima de tudo, faço minha família feliz. Papai e mamãe sempre dizem isso. E essa é minha missão aqui no mundo: fazer as pessoas felizes. Tenho uma habilidade inacreditável em aprontar as mais mirabolantes travessuras, mas ainda não tenho noção do que apronto. Só sei que todos que estão ao meu lado, acabam se divertindo muito e vivendo momentos de muita alegria e pura diversão.
 
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quinta-feira, julho 19, 2007

E afinal, de quem é a culpa?

Editado em 20/07 - às 12h04.

Foi um choque. A mídia classifica como "O maior acidente de todos os tempos da aviação brasileira", "Tragédia anunciada", "A mais anunciada das tragédias". Para mim, isso é muito assustador. E o pior, é que vai levar tempo, e mais tempo para descobrir quem são de fato, os culpados, se é que isso serve de consolo para os familiares que estão enfrentado a dor de perder pessoas que amam. E vai dar novela, isso vai. Ora acusam o piloto, ora o mau tempo, ora a situação da nova pista de Congonhas que foi liberada apressadamente e não oferecia condições para pouso de uma aeronave daquele porte, e ainda pelo fato da pista ser curta e sem área de escape (para mim, assumidamente leiga em assuntos técnicos relacionados à aviação, a explicação mais óbvia até o momento), e enfim veio a notícia de que houve falha técnica no reversor de uma das turbinas do Airbus. Do meu ponto de vista, esta barbaridade que ocorreu na última terça-feira, dia 17 de julho, é também o reflexo da crise de insegurança com relação ao sistema aéreo no país e põe em xeque, definitivamente, a capacidade do governo de resolver a situação caótica que vivemos, revelada há quase um ano, quando do desastre com o Boeing da Gol, e ontem confirmada com o maior desastre aéreo ocorrido no país, em todos os tempos. Ainda não há provas concretas do que pode ter ocorrido, mas com certeza isso tudo foi resultado de um conjunto de falhas: no Airbus, na pista, etc...
Meu Deus! Uma indignação! Nomeiam ministros e mais ministros, que pensam somente neles, e ficam envolvidos em suas atividades, oferecendo apoio ou não, aos "seus companheiros", em intermináveis CPIs, que nada resultam em soluções dignas para a sociedade brasileira. É Caso Renan, é Operação Navalha, é CPI dos Correios, é CPI do Apagão Aéreo. Dessa última, muito se ouviu falar, previam que algo muito trágico poderia acontecer, mas o que fizeram? Cruzaram os braços e deixaram que pessoas que trabalham no meio, os comissários, cruzassem os braços literalmente, e nada, nada foi resolvido. Até hoje - como disse o senador Demóstenes Torres, relator da CPI do Apagão Aéreo no senado, a Aeronáutica ainda não repassou o laudo sobre o desastre do Boeing da Gol, ocorrido há 10 meses. E hoje, um novo incidente, piloto de um Focker decidiu arremeter. Alegação oficial: havia muita neblina. Mas sempre houve. O que mudou? Até que ponto o fantasma da insegurança não está influenciando os pilotos e aumentando o risco de acidentes? E me diz, o que foi aquele gesto obsceno do assessor especial do Lula, Marco Aurélio Garcia, "comemorando" a notícia de que essa falha técnica no reversor de uma das turbinas do Airbus teria sido a principal causa do acidente, e assim conseqüentemente tirando parte da pressão sobre o Planalto.
Uma palhaçada, desculpem o termo usado.

Meu filho de quase 4 aninhos, viu algumas imagens na TV e disse para o pai, que estava muito preocupado porque o papai às vezes vai trabalhar de avião (na cabecinha dele, tão ingênuo, o papai vai de avião para a empresa na qual trabalha aqui mesmo em São Paulo). Sim, ele usou a expressão "estar preocupado", e eu fiquei pensando, meu Deus, em que mundo estamos vivendo. Uma criança dessa idade não deveria ter essa preocupação, e sim "preocupar-se" com o brinquedo que está quebrado, com o amiguinho que está dodói e não pode brincar, com a pipoca que acabou bem no meio da sessão do filme que está assistindo, ou então que o dia está ficando escuro e vem a "preocupação" de que é chegada a hora de interromper as brincadeiras e jantar, dormir, etc. Eram essas as minhas preocupações quando eu era criança, e isso nem faz tanto tempo, uns 22, 23 anos atrás. Coitado do meu filho, tão pequeno e já preocupado com as situações caóticas que nós adultos enfrentamos a cada dia.

E o pior ainda é que depois de todo o choque, de toda a dor que sentimos quando temos conhecimento desses trágicos acidentes, é que logo, logo, de um jeito ou de outro, a vida vai voltanto ao normal e vem aquela sensação de que "nos acostumamos" com as notícias tão tristes. Se é que isso seja possível.
Lembram-se do caso do menino João Hélio? Pois é, nada tem a ver com a situação nos aeroportos, mas tem a ver sim com a situação que enfrentamos nesse mundo tão violento, e que o Estado, o Governo Federal nada faz para acabar de vez com os trágicos acontecimentos causados pela violência que se espalha por todos os cantos. E o outro menino que assistiu a morte dos pais, aqui em São Paulo, porque o pai tentou arrancar com o carro quando bandidos o ameaçaram. Gente, isso tudo é um absurdo!!!

Sabe o que ouvi quando estava ontem no metrô? Uma mulher disse que o acidente foi muito triste, que só não foi mais triste, porque não atingiu as pessoas que ela ama, seus familiares e amigos. Meu Deus, que pobreza de espírito. Então tá, se algo muito ruim acontece, não sendo com alguém que você conheça e goste muito, isso pode não ter tão "triste" assim? Cadê o calor humano numa situação dessa? Quem não se chocou com a cena da mulher sentada no chão chorando desesperadamente porque perdeu seus dois filhos adolescentes? E a outra mãe que perdeu as duas filhas e a mãe? E o marido que perdeu a esposa e seu filho pequeno? E todos os outros familiares e amigos das pessoas que estavam ali dentro daquele avião, com tantos planos e sonhos pela frente?

Não consigo dimensionar a dor que essas pessoas, as que ficam nesse plano, devem estar sentindo agora. E não me acho melhor que ninguém, porque graças a Deus, meu marido, que já pegou esse vôo diversas vezes, não foi viajar a trabalho nessa semana. Não estamos livres de qualquer sofrimento. Já rezei e pedi à Deus que conforte os corações de todas as pessoas envolvidas nessa tragédia. Hoje passei pelo local, e senti uma sensação tão estranha, um vazio.

Não pretendo e vem vou desistir de buscar um mundo melhor para todos nós e para meu filho que tem uma vida pela frente. Temos que descobrir um jeito de fazer as coisas acontecerem. Nenhuma dessas mais de 300 vítimas dos 2 acidentes ocorridos (o da Gol ocorrido em setembro do ano passado, e o da TAM ocorrido nessa semana), vai voltar para o convívio de seus entes queridos. É preciso que nossos políticos passem a considerar a hipótese de encontrar meios de resolver esse caos e levar os brasileiros que os sustentam, um pouco mais a sério.

É isso!






Por às 2:11 PM